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More...Praia, 30 Ago (Inforpress) - As tartarugas regressaram este ano a uma das principais e mais movimentadas praias da capital de Cabo Verde (Quebra Canela) para desova, correndo sérios riscos de serem capturadas, mas as autoridades já estão em alerta.
Quatro anos depois, as tartarugas estão a procurar a praia de Quebra Canela, para desova, sempre à noite, correndo sérios riscos de serem capturadas, disse à agência Lusa Amarílio Barros, sócio-gerente da esplanada Kebra Kabana, a poucos metros da praia.
Segundo o responsável, as primeiras tartarugas começaram a aparecer há cerca de 15 dias, sempre à noite para desova, tendo até agora avistado três desses animais.
Amarílio Barros disse que tentou alertar as autoridades competentes para o facto, mas não obteve resposta, pelo que optou por proteger as tartarugas pelos seus próprios meios, no âmbito da responsabilidade social do estabelecimento comercial.
De entre as acções, o gestor indicou que reforçou a segurança para vigiar a praia de noite e também realiza acções para alertar as pessoas para não mexerem nem perturbar as tartarugas que, informou, regressam à praia quatro anos depois.
A praia de Quebra Canela, a poucos quilómetros do centro, é a mais frequentada na capital de Cabo Verde pela população local e por turistas, sobretudo nos fins de semana e época de férias.
À agência Lusa, Sónia Araújo Lopes, da Direcção Nacional de Ambiente de Cabo Verde, disse hoje que a instituição teve conhecimento há dois dias do aparecimento de tartarugas na praia de Quebra Canela e já está a trabalhar para alertar a população.
Também avançou que foi reforçada a segurança e protecção da zona, em colaboração com a Polícia Marítima e Polícia Nacional, que fará a vigília ao local para evitar que sejam capturadas.
Sónia Araújo disse que esta não é a primeira vez que tartarugas tentam desovar na praia, sendo que este ano, excepcionalmente, tem havido muitas desovas nesta zona, muito frequentada para a prática de exercícios físicos e desportos náuticos.
"A polícia já está ciente da situação e alertamos a toda a população para colaborar e evitar não capturar e consumir tartarugas, porque são dois actos ilegais", salientou Sónia Araújo, lembrando que decorre a temporada de desova das tartarugas 2016, que vai de Julho a Outubro.
Em relação a Cabo Verde em geral, a responsável da Direcção Nacional do Ambiente indicou que este ano têm aparecido muitas tartarugas nas praias do país, o que tem motivado muita apanha, mas também muitas denúncias.
Sónia Araújo disse que as muitas denúncias recebidas já são fruto do engajamento e trabalho de sensibilização junto da população de há décadas a esta parte em relação a esta espécie protegida.
Cabo Verde introduziu legislação para proteger as tartarugas marinhas pela primeira vez em 1987, proibindo a sua captura em épocas de desova.
As medidas de conservação actuais prevêem também a protecção e monitorização das praias com recurso ao voluntariado e, em alguns casos, às Forças Armadas e com uma aposta em acções de sensibilização dinamizadas por organizações não governamentais (ONG).
Mas em Maio último, um estudo, promovido pela Turtle Foundation, em colaboração com o Instituto Nacional do Desenvolvimento das Pescas de Cabo Verde (INDP), e publicado pela revista internacional de conservação Oryx, concluiu que as medidas adoptadas pelo país para preservar as tartarugas marinhas são insuficientes para travar a sua captura e consumo ilegal.
Os autores da investigação alertaram, por isso, para "a necessidade de rever as medidas de conservação vigentes, trabalhando directamente com caçadores e consumidores".
A população de tartarugas marinhas Caretta caretta de Cabo Verde é a terceira maior do mundo, sendo apenas ultrapassada pelas populações na Florida (Estados Unidos) e em Omã (Golfo Pérsico).
As tartarugas visitam as praias para construir os ninhos e depositar os ovos, estimando-se que em Cabo Verde 85% a 90% da nidificação ocorra nas praias da ilha da Boavista.
Cabo Verde é um local muito importante para as tartarugas marinhas. Encontramos nas águas a volta do arquipélago, 5 das 7 espécies de tartarugas marinhas que existem no mundo, sendo que atualmente só a tartaruga cabeçuda desova em nossas praias.
As ilhas de Cabo Verde têm uma das maiores populações do mundo de tartaruga cabeçuda nidificando. No entanto, as populações de tartarugas marinhas têm vindo a diminuir gradativamente em Cabo Verde, enquanto local de desova, reprodução e alimentação, devido aos fortes impactos, causados principalmente pela intervenção humana (e com relevante importância a caça e consumo das tartarugas), colocando-as na lista das espécies ameaçadas de perigo de extinção classificada pela IUCN (organização internacional que estuda e classifica todos os seres vivos conforme o seu estado de conservação, chamando atenção para a proteção e conservação de alguns seres vivos que estão ameaçados de extinção ou então mostrando os que têm sido extintos).
Porquê devemos proteger as tartarugas marinhas?
Porque todas as especies de tartarugas marinhas estão ameaçadas de extinção no mundo. Em Cabo Verde anteriormente desovavam 4 das 5 especies que hoje encontramos em nossas águas. Destas 4, 3 foram extintas nos ultimos 60 anos devido a caça desenfreada. Atualmente só temos uma especie de tartaruga, a Cabeçuda, saindo para desovar em nossas praias e ela esta sendo fortemente apanhada podendo no futuro ser também extinta.
Sendo um ser vivo como nós mesmos, os seres humanos, a sua proteção já se mostra de grande importância. Adicionalmente podemos falar também da importância das tartarugas marinhas no ambiente aquático. Devido a alimentação diversificada das espécies de tartarugas marinhas, elas ajudam a manter o equilibrio entre os seres marinhos. A tartaruga verde ajuda a manter o ambiente marinho limpo pois forogeia o fundo para se alimentar das algas. Este fundo marinho é utilizado por varios animais que habitam, se alimentam e guardam seus filhotes.
A tartaruga cabeçuda controla a população de águas-vivas quando se alimenta das mesmas. Isso é de extrema importância para nós, pois as águas-vivas se alimentam de ovos e larvas de peixes, ou seja, num ambiente com muitas águas-vivas é extremamente dificil a sobrevivencia e o crescimento dos peixes. Sendo Cabo Verde uma arquipelogo onde pratos com peixes são a base da nossa alimentação, este controle pelas tartarugas é muito importante.
Nha Terra
"Nha Terra" é uma campanha nacional de divulgação com o objetivo de reduzir o consumo de carne de tartaruga em Cabo Verde. A campanha utiliza vários métodos para alcançar uma vasta audiência, incluindo autoridades, mídia, restaurantes e a população em geral.
A campanha "Nha terra" foca-se na herança das tartarugas marinhas em Cabo Verde e na necessidade de preservá-las para as gerações futuras. A mensagem principal é que as tartarugas marinhas, assim como o povo cabo-verdiano, deixaram seu lugar de nascimento para viajarem pelo mundo, mas continuam sendo cabo-verdianas, e merecem ter um lugar neste país para elas voltarem e colocarem seus ovos.
Como podemos ajuda às tartarugas marinhas?
Ajudá-las é muito facil. Não consuma carne de tartaruga. Denucie a caça, venda e o consumo de carne de tartaruga. Ajude na sensibilização da população, passando a palavra sobre a proteção e conservação das tartarugas marinhas em Cabo Verde. Se junta as ONGs de proteção para exigir uma melhor legislação.
Sendo as tartarugas marinhas espécies em vias de extinção e um símbolo nacional, a importância da sua proteção e conservação se mostra de muita relevância.
fonte: http://www.oceanpress.info/
Porto Inglês, 04 Ago (Inforpress) - Após transcorrido ainda apenas um mês de campanha de protecção, a Fundação Maio Biodiversidade (FMB) registou até o momento mais de 1000 ninhos das tartarugas marinhas, disse à Inforpress o coordenador da patrulha Leno dos Passos.
Segundo este responsável, o registo efectuado até este momento confere já um número superior ao de toda a época da desova dos anos de 2014 e 2015.
"Para a nossa surpresa este ano estamos a ter muita procura de tartarugas às nossas praias para a desova, em apenas um mês já registamos mais de 1000 ninhos”, frisou, deixando transparecer, em contrapartida, a sua insatisfação face o número de apanha de tartarugas verificadas até o momento, e que ronda os 25 em várias praias da ilha.
Leno dos Passos disse que esta situação lhes deixa bastante incomodados, porquanto, desde 2013 não registavam um número assim tão elevado de mortandade de tartarugas praticada por pessoas residentes.
"A época da desova está a superar a nossa expectativa, mas o que mais nos tem chocado são os casos de apanha nas localidades de Morro, onde há 3 anos não registávamos nenhum caso e este ano até o momento já foram apanhadas 2 tartarugas, acontecendo a mesma situação na vila de Barreiro e Ribeira Dom João”, explicou.
Segundo o representante da FMB, os jovens têm vindo a manifestar uma certa revolta, desobedecendo as regras de protecção de tartarugas, pelo que têm procurado dialogar com os mesmos para saber a razão desta mudança de comportamento.
Leno dos Passo disse ainda que estão a perspectivar um pico até o dia 15 do corrente mês, razão por que irão precisar de mais voluntários nesta missão.
A esse propósito, aproveitou para exortar as empresas nacionais e as demais sediadas no país a colaborarem com a FMB nesta campanha, visto que o efectivo de guardas e voluntários nacionais e internacionais se tem demonstrado insuficiente para dar combate a esta pratica que consideram ser negativa para ilha.
Referente aos voluntários internacionais indicou que até o momento já contam com a participação de 12, embora acreditem que até o término da campanha venham a receber muito mais, tendo em conta que já receberam um número significativo de manifestação de interesse.
Explicou que a participação de voluntários internacionais é sempre “bem-vinda” porque que "eles também trazem algum recurso financeiro para ilha assim como para o nosso projecto", enfatizou.
Uma vez mais voltou a apelar o Governo no sentido de rever o quanto antes a lei que criminaliza a apanha e consumo da carne de tartarugas marinhas, visto que em muitos casos se constata que só a sensibilização se tem revelado ser insuficiente para pôr cobro a esta prática.
Destacou, no entanto, o facto de na campanha deste ano estarem a contar com a colaboração das associações comunitárias e da Agência Marítima e Portuária na ilha, e mesmo assim, “o número de apanha de tartarugas tem sido preocupante”, assinalou.
Segundo o NHC, as "condições ambientais parecem favoráveis para desenvolvimento gradual desse distúrbio durante os próximos dias antes que as condições do tempo tornarem-se menos favoráveis no final desta semana".
É esperado que o sistema se move para oeste-noroeste, a cerca de 15 milhas por hora sobre o oriental e central do Atlântico tropical, esta semana, aponta a previsão do NHC.
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Formação técnica sobre a
Elaboração do inventário de emissões de mercúrio